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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Enfermeira ou professora de artes?

Estou me preparando para embarcar em minha mais nova "profissão": Professora de Artes.

Irei trabalhar numa instituição que lida com crianças e adolescentes portadores de transtorno mental. A mesma se chama "Espaço Ampliando Saberes" e teve o início das suas atividades na terça-feira, com uma triagem realizada por Ulisses Nascimento, psicólogo da instituição, e pela pedagoga Mônica. Na quarta-feira, houve o acolhimento dos jovens, com apresentação de danças regionais, capoeira, exibição do Hino Nacional e desfile com bandeiras (Brasil, Pernambuco e Santa Cruz do Capibaribe). Além disso, houve dinâmica com os alunos e um gostoso lanche.

Como metodologia de ensino, será utilizada uma estratégia muito interessante, com sons e gestos. Antes de cada oficina, os jovens receberão orientações sobre a estratégia. A professora responsável pelo ensinamento fez o curso "Sons e gestos que alfabetizam", que ocorreu em Santa Cruz do Capibaribe (http://migre.me/5qnoE).

Estou muito animada para iniciar este novo trabalho. Tenho experiência de trabalho na saúde mental com atuação em hospital psiquiátrico, CAPS I (onde trabalhei com a Arteterapia - cordel e dança regional), CAPS III, e já participei de oficinas com crianças portadoras de transtorno mental no Rio de Janeiro, com minha tia. No campo das artes, já ministrei muitas oficinas de literatura de cordel num Ponto de Cultura de Campina Grande e, já me apresentei em festivais de música, além de fazer trabalhos com dramatizações e apreciar todos os tipos de artes. Acho que esta nova experiência será muito positiva para minha vida profissional.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Doação de leite: um ato de dignidade


Quando a mulher amamenta
Tem prazer em oferecer
Leite para seu bebê
E, por isso, se contenta
Em sua mama sustenta
O alimento da criança
E então cheia de esperança
De seu filho ter saúde
Amamenta, não se ilude
Dá o leite e não se cansa.

Mas tem mãe que, infelizmente,
Não consegue amamentar
Mesmo se ela tentar
O leite é insuficiente
O que a deixa contente
É saber que existe alguém
Que divide o que tem
Sem nada em troca querer
Que ajudará seu bebê
Fazendo assim um bem.

A primeira providência
É a outra mãe decidir
Se vai querer dividir
O leite que irá sobrar
Pra isso vai precisar
Ter saúde cem por cento
Não tomar medicamento
Não fumar e nem beber
E então poderá fazer
A doação no momento.

Se o leite está sobrando
Não pode haver desperdício
Não é nenhum sacrifício
Ir o leite retirando
Vai todo ele guardando
Num recipiente estéril
Esse é importante critério
Para o leite arrecadado
E para esse cuidado
Não existe nenhum mistério.

Pode ser no domicílio,
No silêncio de seu quarto,
Com o seu seio bem farto
Os olhos cheios de brilho
Pensando naquele filho
Doente ou necessitado
E aquele leite doado
Para o Banco de Leite
Poderá ser um deleite
Para o bebê contemplado.

Se prematuro nascer
Não vai conseguir sugar
Na UTI vai ficar
E atenção vai requerer
Num copinho vai beber
O leite que é tão bem vindo
E assim vai progredindo
E mais peso vai ganhando
E a mãe se emocionando
Vai alegria sentindo.

Quando o leite é enviado
Passa por todo um processo
Um pouco longo, eu confesso
Porém, com todo o cuidado
Ele é pasteurizado
Até ter liberação
Para que depois, então
Chegue à boca do bebê
Que irá se satisfazer
Com aquela doação.

A mãe que tem gentileza
Compartilha o que é seu
Um pouco do que Deus deu
Ela doa, com certeza
Com toda a sua firmeza
Age com o coração
Porque a amamentação
Além de ter bom sabor
É um ato de amor
Que gera satisfação.

Contribuir não tem preço
O valor é a gratidão
Pois a consideração
O respeito e o apreço
Não escolhem endereço
Rua, casa ou avenida
Uma pessoa querida
Não precisa ser parente
Pois todo mundo é gente
Na grande estrada da vida.