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sábado, 4 de outubro de 2014

Ô câimbra infeliz



 
Eita câimbra infeliz
Que câimbra tão desgraçada
Começa a atacar de noite
Vai até de madrugada
Arrocha, me dilacera
Me aperreia, me esfacela
Ô câimbrinha tão danada!

Nunca antes tive câimbra
Mas agora na gestação
Ela vem se aconchegando
Não me deixa quieta, não
Quando eu menos tô esperando
Me acordo, me agoniando
Com essa triste sensação.
 
Eu tô num sono tranquilo
Dormindo, sonhando bem
Abraçada com o marido
No meu cantinho, bem zen
A infeliz das costa oca
Me acorda, me deixa louca
Acorda até meu neném.

Minha perna fica dura
Parece perna de pau
Como fosse um beliscão
Fico até passando mal
Nos pés chega de massinho
Entorta os dedos tudinho
Ô negocinho infernal!
 
Fui numa nutricionista
E ela disse pra eu comer
Banana, água de coco
Espinafre pra valer
Laranja, feijão e tomate
Queijo, iogurte, abacate
E muito leite beber.

Tô tentando me cuidar
Mas essa câimbra nojenta
Não para de aperrear
A cordelista não aguenta!
Se ela fosse uma pessoa
Eu dava um soco, na boa
No meio das suas venta!!

Por enquanto que não passa
Vou tentando superar
Quando meu bebê nascer
Essa câimbra vai passar
Pra aliviar a tensão
Escrevo verso, rimo e então
Me disponho a cordelar







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