Não sei o que é que eu faço
Com essa minha timidez
Porque tenho escassez
De ter um desembaraço
Nem sei como dar um passo
Em meio á multidão
palpitando o coração,
Garganta engolindo a seco
Sem saída em um beco
Como se não houvesse chão.
Eu me sinto corroída
A alma despedaçada
Comparando-me com o nada
Só pra mim, toda inibida.
Recatada, entristecida
Sentimento sufocado
um cuspe podre escarrado
Um ser humano esquecido
Alguém por raio atingido
Um pão pelo diab'amassado.
Anne Karolynne
Nenhum comentário:
Postar um comentário