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terça-feira, 9 de abril de 2013

As cores na arteterapia






A Arteterapia se situa na qualidade de modalidade terapêutica que tem por objetivo o resgate não só da dimensão integral do homem bem como seu autoconhecimento e transformação pessoal. A utilização das cores, em produções artísticas facilita a transmutação das mensagens do inconsciente à consciência. A expressão desses conteúdos em obras artísticas torna possível a leitura do conteúdo através da simbologia que cada cor possui.

Martins e Valladares (2001) afirmam que as cores em Arteterapia ajudam no desenvolvimento humano harmonioso, na criatividade e no alivio das emoções. A cor é um meio de expressão e 
comunicação, sendo, portanto, um elemento importante dentro do processo arteterapêutico. 

CORES QUENTES E FRIAS

Cores quentes (laranja, amarelo e vermelho): transmitem estados de excitação e necessidade de expansão. São consideradas cores “yang”

Cores frias (verde, azul, violeta): produzem sensação de tranquilidade, profundidade e de retração. Despertam mais calma,introversão e transcendência 

OUTROS SIGNIFICADOS DAS CORES

Segundo Jung, as cores tem a possibilidade de exprimir as principais funções psíquicas do homem, como o pensamento, o sentimento, a intuição e a sensação, com representação. Abaixo, o significa das cores, inspirados nas reflexões de Diniz (2013)

Azul - cor do céu, do espírito no plano psíquico e do pensamento
Cor do céu, do ar. Evoca leveza, elevação, exprime a calma, doçura, repouso e a contemplação, tranqüilidade e paz. O azul faz lembrar o céu límpido, evoca pureza e perfeição moral. É o símbolo da sabedoria divina e da sabedoria transcendente e também leva à divagação. O azul mais escuro leva ao sonho, sugere desapego, e leva a alma em direção à totalidade. O azul claro é associado ao chacra da garganta e azul escuro ao chacra frontal (terceiro olho). 

Amarelo - cor da luz, do sol, do ouro e da intuição.
Evoca luz, calor, riqueza, riqueza de espírito, caráter luminoso, sabedoria, reflexão, discernimento, o poder da palavra e é associada ao chacra do plexo solar ligado à expansão, luz, clareza, poder.

Vermelho - cor da paixão, do sangue e do sentimento.
Evoca ação e paixão; é uma cor quente, evoca o calor e a intensidade, é a cor do fogo e do sangue, é o princípio da vida, é a cor guerreira. O vermelho também desperta o estado de alerta, seduz, encoraja e provoca; é associado ao chacra basal, situado na região genital e na base da coluna vertebral. Relaciona-se à posturas de solidez, “pés na terra”, vida. 

Verde - cor da natureza, do crescimento no plano psíquico e cor das sensações.
Cor tranquilizadora, refrescante. É a cor do reino vegetal, da natureza, com seu odor revigorante. Esta cor simboliza o princípio do crescimento natural e saudável e a capacidade de nutrir os seres vivos. Evoca passividade e imobilidade, é a cor da esperança e da longevidade, das águas dos lagos, do mar, é a cor das plantas medicinais. O verde é a própria mãe natureza, sugere germinação e renovação, reflete a capacidade de nutrir, cuidar e proteger, sendo a cor da cura. Esta cor é associada ao chacra cardíaco que está ligado ao coração, relação, troca, sentimento.

Laranja evoca alegria, energia, auto-afirmação. Tem uma energia mais elaborada, temperada, em relação ao vermelho. É a cor do por do Sol e é associada ao chacra do abdômen. Este chacra está ligado à fluidez, alegria, energia.

Lilás - cor da temperança, é a cor do equilíbrio entre a terra e o céu, entre os sentidos e o espírito, ente o amor e a sabedoria. Cor da espiritualidade e da transcendência, cor do mistério da passagem, da transformação, evoca a evolução pessoal, a busca da totalidade. O lilás é associado ao chacra coronário, localizado no topo da cabeça.

Branco - união de todas as cores representando a totalidade, o cosmos, o infinito.


EXPERIÊNCIA PRÁTICA

O trabalho realizado por Martins e Valadares, em dez sessões de arteterapia, os indivíduos foram expostos à simbologia de cada cor, e em cada sessão foi trabalhada uma cor distinta, mostrando imagens e características dos símbolos positivos e negativos das cores e elementos dos reinos mineral, vegetal e animal, mitos, chakras (centros de força vital a diferentes níveis de experiência no sistema humano), personagens, sons, exercícios corporais.

Depois, foi sugerido fazer uma atividade específica estimulando o despertar de cada cor em cada pessoa, e, a partir disto, os participantes criaram desenhos e/ou pinturas livres sobre papel A4 ou A3 a partir da temática das cores separadamente. 

Os usuários foram solicitados a expressar plasticamente seus conteúdos simbólicos, dar um título e caso quisesse comentar e/ou escrever sobre sua produção e fazer uma reflexão sobre seu trabalho plástico e seu processo de vida. 








REFERÊNCIAS 

DINIZ, Lígia. Arteterapia na empresa: jornada através das cores. Disponível em: http://www.ligiadiniz.com/htm/arteterapianaempresa.html Acesso em 09 de abril de 2013

MARTINS, Luana Vieira; VALLADARES, Ana Cláudia Afonso. A utilização das cores em arteterapia com adultos-jovens usuários de drogas psicoativas hospitalizados. In: II Produção Audio-visual do ensino-serviço-comunidade, 2011

Um comentário:

  1. segundo jung que ano ali na parte das cores e logo apos citação de diniz?

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